Boipeba I Brasil
As princesas e o pescador

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Aiii Bahia. Acordar e deitar de frente para a praia, fazer do primeiro banho o banho do mar, comer todas as frutas do pequeno-almoço, caminhar manhã inteira em praias de ninguém e descansar a tarde toda com um livro no colo até o sol descer a linha do mar.

Aiii gente sorridente esta, gente tranquilamente contente na moleza do dia. Não há porque ter pressa cá, não há tarefa que não se faça depois, não há plano que cumprir, nem agenda para organizar, se há que mexer, há que fazê-lo sem mexer muito. Não há soleira de porta sem que haja algum sentado, não há barco sem pernas estiradas, não há obra sem que alguém esteja só a olhar. Bahia de redes embaladas, pés estendidos, cabeças de fora. E quando entardece saem à rua os malandros, meninos de praia e de futebol, atrevidos, metidos, ingénuos. E a música começa a tocar.

Parece que estivemos nos bastidores da Bahia. Fugidas das grandes atrações e metidas nesses lugares escondidos que só quem é de cá é que lá vai parar. Não é a Bahia das Baianas, da capoeira, do acarajé a cada esquina, do Axé e do Olodum. Entramos na Bahia das mulheres com rolos e toucas na cabeça, das oficinas dos barcos, dos cavalos à solta, do bicho de pé, das trilhas com indicações viradas do avesso, do peixe a saltar da rede. Aqui os polvos são pequeninos e os camarões não são pistola, aqui fazem-se canoas dos troncos de árvore e velas de toldos, essas são as princesas, é assim que eles lhes chamam. São elas que nos levam às piscinas do alto mar, a princesa e o pescador, as meninas a remar e a queimarem-se ao sol salgado dos corais, dos peixes amarelos, dos vermelhos, dos que se escondem na areia, nesta lagoa natural que é só para elas, para a princesa e para o pescador.

E para chegar lá, serpenteiam-se canais de rio-mar, contornam-se pequenas ilhas de árvores e caranguejos, abranda-se quando se atravessam canoas sem motor, pára-se em lugares com igrejas no topo e meia dúzia de casas, acelera-se, salta-se com o vento, bate-se nas ondas, salpica-se a cara e fecham-se os olhos. Foi assim para chegar a Taipu de Fora, foi assim uns dias depois para entrar em Boipeba.
Quantas saudades.