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Insurgentes, Francisco Medero, Benito Juarez, Real de Guadalupe, todas as ruas ficam para trás. Somos levadas pela força de um “tem de ser”, pelo caminho que traçámos e que queremos muito levar até ao fim. Nunca como no México nos assombrou a vontade de ficar, nunca sequer nos ocorreu que poderíamos querer ficar, fosse onde fosse. Mas já estamos numa carrinha a caminho da Guatemala e o sono adormece-nos a tristeza e o aperto de uma decisão que ainda não sabemos se é a certa. As dez horas de viagem não foram o suficiente para chegar a Panajanchel com energia ou com vontade. Felizmente a Diveesha está à nossa espera e tudo o que precisamos agora é de uma casa pequenina e aconchegante com uma amiga lá dentro. Desenham-se planos para os próximos dias, nem nós imaginamos que amanhã vai ser o melhor dos próximos dez.

“Ah, o Atitlan!”. Voltar a entrar numa caixa aberta só com gente de lá, a gente que vai à vila fazer a vida, a gente que trás os sacos e os filhos atrás, a mesma gente que se aperta e nos aperta. “Ah, o Atitlan!”, da berma da estrada, lá no alto, vento na cara e água, água, água. Talvez tenha sido a chocalheira toda da caixa aberta, talvez tenha sido o choque de cor, a água em massa a estatelar-se na nossa vista – volta – vinda de uma longa congestão, de uma paragem de dias e de uma náusea de nostalgias. A vontade regurgita toda, alvoroçada e sacode-nos Atitlan fora, Atitlan dentro. Uma ebulição de três vulcões adormecidos, uma explosão de pueblos de casas encavalitadas e coloridas. Atitlan fora, Santa Catarina, San Antonio, gentes num sobe e desce de cestas à cabeça, ziguezagues de ruelas a pique, os bofes de fora para chegar à cerâmica e a todas as outras artesanias. Atitlan dentro, a derrapar numa lancha a toda a velocidade, a levar com a água na tromba, a meter a cabeça de fora para levar com mais, mais o verde, verde húmido fresco e a parar em todo o santo pontão, porque entra sempre mais um, cabe sempre mais um, naqueles bancos madeiras-corridas de lancha.

E foi assim, contentes outra vez, que na manhã seguinte fomos para Antígua.
Ao contrário do que acontece na ásia, aqui as cidadezinhas coloniais são mesmo coloniais. Antígua é a terceira por onde passamos e nem por isso deixa de ser menos bonita. Cidades baixinhas, amarelas torrado, alpendres e grandes pátios com jardins interiores. Em cada esquina também há uma igreja e na rua as saias compridas, as cores garridas, as fitas brilhantes ao cabelo e os filhos às costas seguem a atestar que os Maias ainda esperneiam por lá. Chegámos à hora de almoço, tarde de mais para ver os vulcões que sempre vemos escondidos. E passamos o resto do dia em passeios sem mapa, a olhar para as janelas coloridas, gradeadas, floridas à procura do sítio certo para beber um café da Guatemala, 100% arábico. Mas foi ao jantar, de frente para Frida, a comer tacos e quesadillas, a mergulhar nachos em guacamole, entre dois copos de vinho, que esquecemos onde estávamos e voltámos ao México de há três dias. Adivinhávamos até que se saíssemos por aquela porta, encontrávamos caras conhecidas e os lugares de sempre. Mas foram ruas desertas e chuva que atravessaram aquela porta. Engolimos em seco.